Performance
“Forma de
arte que combina elementos do teatro, das artes visuais e da música. Nesse
sentido, a performance liga-se ao happening (os dois termos aparecem em diversas ocasiões como
sinônimos), sendo que neste o espectador participa da cena proposta pelo
artista, enquanto na performance, de modo geral, não há participação do público.”
Foto: AgNews
Parkour
“Parkour ou Le Parkour, deriva do nome percurso, visto que tem como
finalidade traçar percursos alternativos, ou seja, deslocar-se entre dois
pontos pelo trajecto mais curto e não pelo mais accessível e previamente
estabelecido pelo conceito de movimento imposto pela sociedade.
Passando
a explicar: entre dois pontos situados em uma região urbana existem variadas
barreiras arquitetónicas. Tomemos, por exemplo, uma escadaria que nos conceitos
comuns é o método "correcto" para alcançar uma superfície mais
elevada. Mas não seria mais rápido subir directamente a parede, apesar de não
ser o método "adequado"? É neste termo que se baseia o parkour, no
método mais rápido, e sim por vezes mais difícil, de alcançar o nosso destino.
Apesar das dificuldades inerentes a este método de movimentação, é inquestionável
que com o treino adequado e uma preparação física a condizer, o parkour é um
método de deslocação mais eficiente que o método imposto pelas barreiras
arquitetónicas.”
“"O
praticante de parkour imagina estar em fuga e, por isso, precisa achar o jeito
mais rápido e seguro de superar obstáculos", explica Leonard Akira, um dos
primeiros praticantes no Brasil. Ninguém sabe quem é o pai da criança, mas tudo
indica que a técnica é cria do francês David Belle - o cara teria começado, com
amigos, a bolar os movimentos em 1997. Ao ver um traceur - como são chamados os
praticantes - fazendo movimentos atléticos e radicais, é fácil associar o
parkour a competições esportivas. Porém, desde os primeiros saltos até hoje,
competição e rivalidade não fazem parte do movimento...”
Deriva
“A deriva é um
procedimento de estudo psicogeográfico – estudar as ações do ambiente urbano nas condições psíquicas e emocionais das pessoas. Partindo de
um lugar qualquer e comum à pessoa ou grupo que se lança à deriva deve rumar
deixando que o meio urbano crie seus próprios caminhos. É sempre interessante
construir um mapa do percurso traçado, esse mapa deve acompanhar anotações que
irão indicar quais as motivações que construiu determinado traçado. É pensar
por que motivo dobramos à direita e não seguimos retos, por que paramos em tal
praça e não em outra, quais as condições que nos levaram a descansar na margem
esquerda e não na direita... Em fim, pensar que determinadas zonas psíquicas
nos conduzem e nos trazem sentimentos agradáveis ou não.
Apesar
de ser inúmeros os procedimentos de deriva, ela tem um fim único, transformar o
urbanismo, a arquitetura e a cidade. Construir um espaço onde todos serão
agentes construtores e a cidade será um total.
Essas
idéias, formuladas pela Internacional Situacionista entre as décadas de 1950 e 1970, levam em conta que o
meio urbano em que vivemos é um potencializador da situação de exploração
vivida. Sendo assim torna-se necessário inverter esta perspectiva, tornando a
cidade um espaço para a libertação do ser humano.
A
deriva tem Guy Debord como um dos seus maiores entusiastas e estudiosos. Este
autor formulou o início da Teoria da Deriva em 1958 e publicou na então Revista
Internacional Situacionista. Desde então estudiosos, acadêmicos ou
não, experimentam esse procedimento com interesses que vão deste simples
estudos de uma cidade até a elaboração de dissertações e teses. Atualmente muitas
pessoas que estudam geografia urbana, e muitos coletivos que questionam a
urbanização experimentam a deriva como forma de estudo e de práxis política.”
Flaneur
“O
termo flâneur vem do francês e tem o significado de "vagabundo",
"vadio", " preguiçoso", que por sua vez vem do verbo
francês flâner, que significa "para passear". Charles Baudelaire
desenvolveu um significado para flâneur de "uma pessoa que anda pela cidade
a fim de experimentá-la". Devido à duração da utilização e teorização por
Baudelaire e inúmeros pensadores em termos econômicos, culturais, literários e
históricos, a idéia do flâneur tem acumulado importante significado como uma
referência para compreender fenômenos urbanos e a modernidade. Walter Benjamin
descreve o flâneur como um produto da vida moderna e da Revolução Industrial,
sem precedentes, um paralelo com o advento do turismo. Benjamin se tornou o seu
próprio exemplo, observou o social e estético durante longas caminhadas por
Paris.
A
percepção do flanêur parece se dar diante daquilo que é transitório na cidade,
mas ele não simplesmente lamenta-se a respeito da transitoriedade, ele se
alimenta dela, ele formula uma espécie de abrigo no ventre da caótica
urbanidade – bem entendido, caótica para os citadinos, não para os
gerenciadores políticos da nova ordem social – tecendo uma narrativa dos
atrativos da cidade, numa espécie de reconhecimento do apelo erótico das coisas
e das pessoas no contexto dos desencontros modernos.”
Flash Mob
“Em inglês, Flash Mob é a abreviação de “flash
mobilization”, que significa mobilização rápida, relâmpago. Trata-se de uma
aglomeração instantânea de pessoas em um local público para realizar uma ação
previamente organizada. Para efeitos de impacto, a dispersão geralmente é feita
com a mesma instantaneidade.”
“A
expressão geralmente se aplica a reuniões organizadas através de e-mails ou
meios de comunicação social.
O primeiro flash
mob foi organizado via e-mail (com o endereço themobproject@yahoo.com,
criado para este fim), pelo jornalista Bill Wasik, em Manhattan. Mandando
o e-mail para 40 ou 50 amigos (de maneira que eles não soubessem que o evento
fora planejado pelo próprio jornalista), Bill convidou as pessoas a aparecerem
em frente à loja de acessórios femininos Claire’s Acessories. Segundo ele,
"A ideia era de que as próprias pessoas se tornassem o show e que, apenas
respondendo a este e-mail aleatório, essas pessoas criassem algo" em um
mob anônimo e sem liderança.
No
entanto, a loja foi avisada antes do acontecimento e a polícia foi acionada,
evitando que as pessoas ficassem na frente da loja, frustrando os planos do
primeiro mob.
O
segundo mob aconteceu em 3
de junho de 2003, na loja de
departamentos Macy's. Wasik e amigos
distribuíram flyers para pessoas que passavam nas ruas,
indicando quatro bares em Manhattan, onde elas receberam
instruções adicionais sobre o caráter e o lugar do evento, minutos antes do seu
início. – para evitar o mesmo problema que
ocorreu com o primeiro.
Bibliografia: